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Educação 3.0: Tecnologia e Ética

Muito já se falou sobre a Educação no Brasil. A Educação em todas as suas dimensões é um desafio.Embora o Brasil tenha avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há bastante para ser feito.

A questão é: “Como deve ser a Educação 3.0 para desenvolvermos crianças e cidadãos que necessitamos formar hoje e para amanhã?”. E se: “Estamos prontos para a Educação 3.0?”, já que as tecnologias digitais dentro e fora das salas, e a transmissão do conhecimento, torna-se cada vez mais desafiadora para os professores.

Considera-se, atualmente, a educação um dos setores mais importantes para o desenvolvimento de uma nação. É através da produção de conhecimentos que um país cresce, aumentando sua renda e a qualidade de vida das pessoas.

Hoje em dia, o que se trabalha nas escolas é a “formação continuada” baseada na instrumentalização e capacitação dos professores, limitando-o à aplicação de “receitas prontas” de como executar uma aula. E isso faz com que os professores não planejam novidades, nem pensam estratégias para ensinar e elaborar sua aula.

Os professores dessa geração estudaram e aprenderam a ensinar em uma era pré-digital e tem visto essa “Educação 3.0” como um grande desafio. Com a adoção das tecnologias digitais dentro e fora das salas, há uma rápida transmissão do conhecimento para eles acompanharem e passarem para seus alunos.

E com tantas ferramentas à disposição para aprender e compartilhar, a “nova geração da Educação 3.0”, está se exigindo das escolas, cada vez mais, uma veloz revolução nas metodologias de ensino capazes de sedimentar uma estrada sólida para a essa nova Educação. Assim, alunos e professores produzem em conjunto, empregam ferramentas apropriadas para a tarefa e aprendem a ser curiosos e criativos. Com grande infraestrutura nas escolas e uma ótima formação tecnológica dos professores. Bem diferente do que ocorre no método atual, em que as aulas veem determinadas minuto a minuto.

A escola nada mais é que uma organização com poder suficiente para estimular os futuros líderes. Mas, para isso, talvez seja preciso dar mais ênfase no orientar, incentivar e proporcionar um ambiente favorável onde os alunos possam agir com eficácia. Sendo assim, a possibilidade de interferir na cultura pessoal de cada um, confere aos professores qualidades carismáticas que os tornem mestres de mudanças.

Portanto, uma alternativa seria a escola estar mais envolvida com as tecnologias, pois as mídias digitais já fazem parte da vida dos alunos. Por isso, é preciso usar a tecnologia a favor da aprendizagem e para aprofundar o conhecimento. Percebe-se que, algumas escolas estão com medo de usar as mídias sociais, e que muitos problemas vão começar a aparecer, mas ainda é tudo muito novo.

Não esquecendo também da ética e a cidadania digital, dentro e fora da escola. Abordar com os alunos, especialmente os adolescentes, o que pode ou não fazer nas redes sociais é fundamental. Esse é um assunto que esta totalmente ligado à Educação em geral. E, é preciso entender, que ética vem antes da tecnologia. E que é uma das questões que se levanta com grande freqüência nesse início do Terceiro Milênio é a da postura ética no uso da tecnologia.

Contudo, devemos olhar para a educação como um processo contínuo e eficaz, onde as pessoas estão cada vez mais conectadas, permitindo explorar muitas possibilidades, criar de muitas maneiras, onde cada pessoa pode desenvolver o seu ritmo de aprendizagem e, se abrir para experiências inovadoras. Desejar e imaginar que brevemente as paredes poderão ser derrubadas e que a escola não será “um lugar”, mas sim a extraordinária rede de conexões das pessoas cada vez mais empenhadas em processos de ensino e aprendizagem colaborativos. Então, somente assim, a sociedade do conhecimento será de fato construída e vivenciada democraticamente.

Antonia Braz

Palestrante, Educadora, Especialista em Gestão de Pessoas, Psicopedagoga e Pedagoga