Ultimamente, uma atenção especial tem sido dada pelas Ciências da Educação e pela Psicologia, à questão da autoestima no processo educativo. No espaço escolar é comum vivenciarmos os sinais de ocorrência da baixa autoestima e dificuldades de aprendizagem apresentados pelos alunos, como o desinteresse pelas aulas e atividades, notas baixas, cansaço, dificuldade de convivência, complexo de inferioridade, tristeza, sentimento de culpa agressividade e timidez; um caminho inverso da capacidade desenvolvida socialmente, descrita por Tiba (2002)
A baixa autoestima é uma característica das pessoas que se sentem inadequadas para enfrentar os desafios da vida, não acreditam em seus potenciais, na sua capacidade de aprender e de dar resposta às questões da vida. Esses indivíduos tem uma imagem negativa de si, estrutura emocional pouco sólida,o que gera o pessimismo e sucessivas situações de fracasso.
A falta de respeito próprio e o sentimento de inferioridade fazem com que uma pessoa com baixa autoestima não tenha senso básico de respeito por si mesma, se desvalorize e não se sinta merecedora de amor e respeito por parte dos outros.
O intelecto humano é desenvolvido gradativamente do nascimento até a vida adulta e formado por um conjunto de faculdades intelectuais, dentre as quais destacam-se criatividade, intuição, imaginação, inovação e a capacidade de aprender.
Desse modo, como evitar que a criança venha a se transformar em uma pessoa com baixa autoestima, derrotada e falida em seus objetivos?
Os pais e a escola devem se esforçar em contribuir para que a criança adquira confiança para assumir riscos, estimulá-la a superar desafios e dificuldades, resolver situações de conflitos, elogiar a criança pelos seus acertos e ajudá-la a se sentir mais segura nos momentos de fracasso e dificuldades, desafiando-a e encorajando-a a enfrentar e superar situações difíceis.
A afetividade é requisito primordial para o desenvolvimento da autoestima e aprendizagem, pois, a sala de aula deve revestir-se de sentimentos de respeito, de valorização do outro, de compreensão e atividades dinâmicas.
Educadores precisam entender que o ato de ensinar requer afeto e que quando existe prazer em aprender, certamente aprende-se melhor.A construção de uma autoestima saudável só é possível através do afeto, imagem positiva de si mesma, estímulos positivos, respeito e reconhecimento do valor de cada um.
O desenvolvimento de atividades que contribuam com a elevação da autoestima dos alunos, deve fazer parte do planejamento escolar, assim como, o método que a escola utiliza, pois, de nada adianta nos preocuparmos apenas com o método, sabendo que a autoestima é o combustível da motivação e a certeza da capacidade de aprender de cada um.
Portanto,uma criança com a autoestima saudável é capaz de aprender com mais facilidade, se relacionar bem com as pessoas, desempenhar suas funções com confiança e competência.
Antonia Braz é Palestrante, Educadora, Especialista em Gestão de Pessoas, Psicopedagoga e Pedagoga.