Assim como cada indivíduo tem sua impressão digital e jeito próprio, opiniões e estilos ficam a critério de si. Porém, para muitos, respeitar tais diversidades torna-se uma tarefa árdua. Do que poderia ser resolvido com um simples diálogo, há quem opta pela ignorância, arrogância e até violência a fim de impor sua manifestação, seja em relação à política, etnia, religião, opção sexual ou time de futebol.
Na história, a nível mundial, o homem sempre encontrou na Guerra sua base para o expressionismo. O ápice do genocídio aconteceu na Segunda Guerra Mundial, onde houve a maior catástrofe provocada pelo homem em toda sua longa história, marcada pelo holocausto judeu. Segundo dados históricos, foram 50 milhões de mortos e mais de 28 milhões de mutilados, sem contar com os traumas psíquicos causados em soldados sobreviventes e seus familiares. Quase 70 anos depois do fim da terrível guerra, a briga pelo território “sagrado” denominado Faixa de Gaza traça uma batalha religiosa incansável entre israelitas e palestinos.
Bem como, a história do Brasil parece sempre ter sido cenário de paus e pedras da intolerância. Seu descobrimento foi manchado com a desonra dos povos indígenas e o latente preconceito contra os negros reflete-se até os dias de hoje. No país do futebol, atualmente, as chamadas torcidas organizadas excedem sua paixão pelo time de coração em uma intolerante convivência com as demais devido à má (ou não) atuação dos jogadores nos campos. Em muitos casos, mesmo antes de entrar em estádio, imagens de selvageria e pancadarias já encontram-se estampadas nas manchetes de jornais online e redes sociais. De acordo com levantamento de jornal esportivo, desde abril de 1988, 234 vidas foram perdidas no cenário do futebol, sem contar com leves agressões e sequelas.
A opção sexual também não foge desta realidade, somos conhecidos como um dos países mais homofóbicos. No ano de 2012, 336 homossexuais foram assassinados aqui. Levando-se em conta duas transexuais que morreram na Itália, o número representa um aumento de 26% em relação a 2011, e um crescimento de 177% nos últimos sete anos, considerando a cada 6 horas a morte de um LGBT (Informações do GGB (Grupo Gay da Bahia).
Tais exemplos citados acima são provas que a intolerância retrocede à essência humana, levando-o a uma eterna ditadura. O respeito, o direito nato de todo ser vivo, parece que nunca saiu do papel e, mesmo com todo avanço tecnológico, ainda vivemos psicologicamente e instintivamente como homens das cavernas.