Não é segredo para ninguém que o processo histórico da evolução das relações entre homens e mulheres, tanto na própria sociedade, quanto no campo profissional, privilegia a “superioridade masculina”. Apesar das mulheres terem sempre contribuído para o sucesso dos homens, ela ainda (infelizmente) é mais evidente. E mesmo consideradas como “sexo frágil”, elas têm se mostrado, suficientemente, fortes para encarar os desafios propostos pelo mercado de trabalho com convicção e disposição.
O avanço feminino frente à economia e à política comprova a força da mulher em compreender e apontar os problemas tendo sempre as melhores decisões para solucioná-los. E, com o crescimento do espaço feminino, há uma grande participação da mulher em diferentes áreas da sociedade que lhes conferem direitos sociais, políticos e econômicos. O fato é que a sociedade evoluiu e continua evoluindo com as conquistas das mulheres, mas conquistar espaço não é sinônimo de conquista dos seus direitos.
As mulheres ainda fazem dupla jornada de trabalho e ganham menos que os homens mesmo desempenhando as mesmas atividades. Isso vem desde os primórdios da humanidade, quando a mulher começou a lutar por uma vida melhor, pelo seu reconhecimento e pelos seus direitos.
Isso tomou força no século XVII, quando o movimento feminista começou a obter características de ação política. Tempos depois, no século XIX, com a solidificação do sistema capitalista, várias mudanças ocorreram na organização e na produção do trabalho feminino.
Com o intenso crescimento da maquinaria e o desenvolvimento tecnológico, boa parte da mão-de-obra feminina foi transferida para as fábricas. Outro fator importante foi alguns anos mais tarde a I e II Guerras Mundiais (1914 a 1918 e 1939 a 1945), em que os homens foram para as frentes de batalha e as mulheres passaram a assumir os negócios da família, deixando-as nas posições dos homens. A partir daí as mulheres sentiram-se comprometidas em deixar os filhos e a casa para continuar com seu trabalho e projetos, que eram realizados pelos seus maridos.
Hoje em dia, são vistas como trabalhadoras e formadoras de opinião. Entretanto, esse progresso ostensivo em tão pouco tempo geraram problemas, algumas vezes, para as famílias e para a sociedade, que ainda estão aprendendo a se estruturar devido a essas “novas mulheres” e “supermães”, que veem necessitando fazer o melhor e sempre ao mesmo tempo.
Isso resultou, por exemplo, na maternidade tardia, já que as mulheres estão cada vez mais se importando com a sua carreira profissional e a felicidade pessoal. Estudos revelam que a idade média para a primeira maternidade é aos 35 anos de idade. Atualmente, muitas mulheres só querem ter seus filhos depois de ter uma boa estrutura financeira e um relacionamento duradouro em que puderam aproveitar por muito tempo uma vida a dois.
Essa é uma das mudanças, geram críticas de muitas pessoas, ainda sendo alvo de grande discriminação por aqueles que não acreditam no grande potencial feminino e, ainda levam ao pé da letra a expressão: “lugar de mulher é no fogão”. A mulher ainda tem um enorme desafio pela frente, de mostrar que apesar de frágil é ainda forte, ousada e firme na tomada de decisões, que são capazes de atuar em todas as áreas com atitudes inerentes ao seu poder. Sem contar nos tabus e obstáculos a serem quebrados e superados, fazendo com que a nação lucre com sua futura e intensa participação ativamente na sociedade.
Antonia Braz
Palestrante, Educadora, Especialista em Gestão de Pessoas, Psicopedagoga e Pedagoga