Por ser um dos principais órgãos do corpo humano e o mais complexo, o cérebro ainda é uma incógnita para a Ciência. No entanto, a neurociência, ligada ao sistema nervoso, pode ajudar a compreender o desenvolvimento, funcionamento, evolução e até a relação comportamental desse órgão tão espetacular.
Imagine uma rede elétrica com milhares (nesse caso, bilhões) de fios conectados uns aos outros e que saem de uma central chegando até os aparelhos eletrônicos os quais permitirão que você interaja com diversas tecnologias. É assim como nosso cérebro funciona. Além de suas células nervosas (neurônios), ele contém células de sustentação, vasos sanguíneos e órgãos secretores, responsáveis por nossos pensamentos, emoções, movimentos e vitalidade.
Para os neurocientistas, nosso cérebro se modifica em contato com o meio durante toda a vida. A formação da memória é mais efetiva quando a nova informação é associada a um conhecimento prévio, já que seu desenvolvimento é a resposta da interação entre o corpo e o meio social. Contudo, reunindo várias abordagens biológicas sobre o sistema nervoso, esse estudo permite acrescentar importantes conhecimentos do desenvolvimento humano.
A Neurociência, Psicologia e Pedagogia andam paralelas, porém com focos diferentes. A primeira, por meio de experimentos comportamentais, faz o uso de aparelhos como os de ressonância magnética e tomografia, permitindo observar as alterações no cérebro durante o seu funcionamento. Já a segunda visa propor a percepção sobre o comportamento humano. Por fim, a pedagogia fornece estratégias de ensino através das didáticas.
No século XX, apenas sabia-se como o cérebro funcionava. Porém, como em outras áreas da medicina, a sociedade passou a procurar os neurocientistas em busca do diagnóstico precoce de doenças neuropsíquicas, como a depressão, esquizofrenia, esclerose múltipla, mal de Parkinson e demência de Alzheimer. A esperança é capaz de retardar de forma significativa a progressão destas síndromes.
De acordo com estudos realizados nos últimos 30 anos, a neurociência tem conseguido amplo avanço. É através dela que somos capazes de elaborarmos estratégias de ensino, direcionando a atenção e fixando, de fato, a aprendizagem. Desta forma, torna-se um guia para a elaboração de estratégias de ensino para cientistas educacionais. Já para o mercado de trabalho, o maior empenho e produtividade são alguns de seus resultados.
Em decorrência, a neurociência proporciona uma nova perspectiva profissional, fazendo com que um futuro funcionário, ao procurar um emprego, almeje melhores condições de trabalho, afinal ele quer ter sensação de alegria ao sair de casa para trabalhar. A consequência disso é que as empresas, que também buscam pela neurociência, passam a construir ferramentas necessárias para conquistá-los, através da análise emocional.