A área de Recursos Humanos, ou R.H. como é conhecida, é relativamente nova, surgiu em torno do início do século XX e, seu primeiro nome foi “Relações Industriais”. Ela tinha como objetivo somar valor ao capital financeiro e econômico da empresa e também analisava o que a companhia iria agregar na vida profissional e pessoal do trabalhador, ou seja, qualificação técnica e social. Os profissionais que trabalhavam nesse setor eram, na maior parte, formados em psicologia e serviços sociais, áreas dominadas principalmente pelo sexo feminino.
Além da mudança de nome, conhecido agora como R.H, esse setor mudou o conceito do serviço prestado e vem passando por transformações que acompanham o nosso mundo globalizado e cada vez mais competitivo. Atualmente, o R.H busca, além do campo assistencialista, também trabalhar com plano estratégico, observar a real necessidade da empresa em relação aos funcionários. Assim, criaram diversos recursos que funcionam como instrumentos de avaliação para uma assertividade maior na hora de fazer a contratação do novo profissional ou reposição de cargos. Ainda começaram a trabalhar em conjunto com outras áreas, como estratégicas e tecnológicas, para que haja um melhor resultado dentro da empresa.
Uma pesquisa realizada pela “Top Executive Compensation”, feita com 322 empresas pela consultoria Hay Group (Empresa Global de Consultoria de Gestão de negócios), identificou que a concentração de mulheres no RH vem diminuindo. O estudo aponta que em 2008, 21% das executivas participantes da pesquisa ocupavam a diretoria de recursos humanos, já em 2013, esse dado caiu para apenas 14%, o que deu lugar aos homens gerenciarem e administrarem o setor de recursos humanos.
A principal razão apontada para essa troca foi à busca das próprias companhias por profissionais de outros setores, que já eram dominados por homens, para assumir a gestão de pessoas. Profissionais masculinos de Engenharia e Administração, por exemplo, ganharam grande espaço nos cargos executivos.
Observou-se então, que a entrada dos homens nesse mercado esta proporcionando um complemento junto ao lado emocional da mulher no Setor R.H. e espera-se que o lado racional do sexo masculino, traga um equilíbrio no desenvolvimento da área, tornando-a mais produtiva e ainda menos assistencialista.
Grandes empresas já nomearam profissionais homens – que traziam em sua bagagem anos de experiências em cargos técnicos ou áreas de negócios ou corporativas – para assumir a diretoria do R.H. como a empresa aérea Gol, Brasil Telecom e a Whirlpool Latin America, representante no Brasil das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid.
Com essa mudança, mais homens assumindo cargos de liderança dentro do R.H., todos saíram ganhando: o setor tornou-se mais estratégico, projetou-se mais visibilidade nas companhias, a área começou a ser considerada uma forma de negócio, criando assim perspectiva de carreira dos colaboradores, busca continua por resultados e aumento do salário do profissional de R.H.
Ainda pode-se dar ênfase na facilidade que o lado masculino tem para lidar com a linguagem de números, estatísticas e processos, que atualmente são conceitos exigidos para acompanhar o upgrade que do setor R.H. Outro ponto relevante encontrado no homem é o talento impulsionador, uma habilidade que, se bem aplicada, pode valorizar a individualidade dos integrantes da equipe e servir como motivação na orientação de pessoas.
Por isso, aqueles que estão pensando em seguir um diferente rumo profissional vale a pena entender esse novo perfil do R.H. e da importância que tem tomado dentro das empresas. Afinal, tudo indica que arriscar-se na carreira de executivo tem se mostrado uma boa opção para o sexo masculino.